sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Momento poético...

Tão...

Tão longe, mas tão perto
Ronda meu coração incerto
De nada, de tudo
Com jeito de mudar o mundo

Tão opcional, mas tão necessário
Um tipo de contato primário
Que nem o maior perigo
Ameaça esse abrigo

Tão preso, mas tão livre
Imagem dos sonhos que eu tive
Realidades e desavenças
Que pra mim, fizeram toda a diferença

Tão equivocados, mas tão certos
Os grupos de almas desperto
Sem saber do medo
Que tenho de ser esquecido

Tão escondido, mas tão notável
Sorriso de uma pessoa amável
Quem disse que precisa ser ao vivo
Nunca soube ter um sonho altivo

Tão silencioso, mas tão barulhento
O chorar de meu desalento
Quem sabe um dia fosse
Terminar meu sofrimento?

Tão complicado, mas tão prático
Que quando se move é estático
Quando se gera, logo termina
O dia que o Sol ilumina

Tão sofridos, mas tão perfeitos
Os dias em que chorei de amor
Os dias que passei em dor
Os dias que tive como satisfeitos

Tão rodeada, mas tão solitária
A alma dos perdidos
Metade sem rumo aos latidos
Da consciência já precária

Tão negativa, mas tão positiva
É a Matemática de ser
Sempre de uma forma intuitiva
Passa pelo perigo sem ver

Tão reto, mas tão tortuoso
O poema do surrealista
Que chega a perder de vista
Até mesmo o dia mais glorioso

Tão certas, mas tão indecisas
As palavras de amor
Que tornam o ódio um pavor
Das almas imprecisas

Tão só, mas tão acompanhado
Tão oculto, mas tão perceptível
Tão vazio, mas tão cheio
Tão nada, mas tão tudo
O meu coração que permanece mudo
Mas que ainda há de cantar por um só nome