quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sobre o amor...

Sempre achei que fosse encontrar alguém facilmente, alguém para poder compartilhar tudo o que me acontecesse sem qualquer timidez. Alguém em quem eu confiasse plenamente até o que eu mesmo me recuso a lembrar. Várias pessoas eu já pensei que fossem aquelas que poderiam ser o alguém de quem falo. Um simples cumprimento de longe feito com um sorriso sincero e eu me ponho a pensar se a pessoa gosta de mim tanto quanto eu imagino. Aquelas que tanto se preocupam comigo nas horas difíceis. Que sempre me deram apoio. Fica confuso saber quem possa gostar de mim por amor. Não um simples afeto, gesto de carinho. Mas estes são fatores que indicam o amor, possivelmente. Considerando esses fatores todos... uma valorização a mais e eu imagino se é o que parece-me.Em muitos casos pensa-se na amizade como a explicação. Mas eu não me contento com a preguiça de já classificar os motivos de algumas ações, gentilezas e coisas do tipo. Muito mais procuro buscar saber realmente tudo o que está acontecendo, e acabo por tirar conclusões inimagináveis. Tantos sentimentos diferentes, tantos casos especiais, tanto já me aconteceu e muito mais ainda há de acontecer comigo e com as pessoas à minha volta... Às vezes eu imagino 'Como será que se sentiram a primeira vez que falaram comigo? E como estão hoje?' e isso é mais do que simples curiosidade. É praticamente um dever, um objetivo, uma meta que não me canso de seguir, pois cada dia descubro mais coisas e mais coisas que me envolvem e nunca me deixam desistir. Por isso, entre outros motivos, pretendo nunca desistir. Não por simples orgulho, é algo que eu mais chamaria de satisfação própria, desejo ou sonho.Afinal, do que é feita a vida se não de sonhos, ambições, tragédias, amores, dores e outros mais? Óbvio dizer que não há outra explicação. Biologia não explica a atração que sentem dois seres humanos. Pode explicar a conseqüência, mas não a causa. Explicações do senso comum também não são suficientes... "Ora, ambos são legais e têm boa aparência!" Amor não se resume a isso. É algo mais. Assim como eu não me resumo ao que devo achar que sou. Devo ser algo mais que não foi descoberto ainda. A vida é uma auto-descoberta constante, e aquele que desistir nunca conseguirá se descobrir por completo. Os gostos, pretensões, costumes às vezes passarão despercebidos. Aquela garota olhou para você naquele momento que você piscou. E agora você não sabe nem vai saber, se não procurar. Cada pessoa que me olha eu procuro fazer uma espécie de 'leitura da mente' da mesma. Pensar o que imaginam ao me ver ali, naquele momento, daquele jeito, o que pode ser nada, mas também pode ser alguma coisa. E eu penso nessa 'coisa' que pode ter várias suposições. Acho normal fazê-lo e provavelmente outros não irão gostar de ler isso, pois de certa forma estou julgando-os conforme agiram, e muitas vezes ser classificado em uma lista é chato. Eu mesmo não gosto muito disso.
Pode ser que eu tenha escrito este texto em vão. Pode ser que chovam críticas e ameaças sobre mim. Mas ainda assim ignoro. Se um ao menos me ouvir, já é motivo suficiente para falar. E se ninguém me ouvir, que não ouça então. Tenho os meus próprios ouvidos também. E repreender-se, controlar-se de vez em quando não é ruim. Ao contrário, é bom para que se crie uma boa personalidade. Com o tanto que qualquer um que estiver lendo já viveu, é possível lotar livros e livros. Basta achar as palavras certas, lembrar direito a ordem dos acontecimentos, e ter um lápis e papel nas mãos, ou em casa uma máquina que escreva. Se eu escrevesse um livro sobre mim, não me importava que ficasse famoso. Eu, já, na vida fui muito favorecido, acho às vezes que até demais. Sim, tenho meus momentos de melancolia, de arrependimento, mas nem por isso deixarei de continuar sendo o que eu sou. Então se fizesse sucesso ou não, eu não me importaria. Já fico satisfeito de ter sido capaz de escrever por tanto tempo. Já estou orgulhoso de poder escrever este texto que agora você está lendo. Se um me ouvir, já terá valido a pena. Se um reconhecer o que eu fiz, e se impressionar, já está mais que bom o que eu fiz.
Acho que é isso aí.

Orgulho...

Às vezes eu me deparo com desafios impossíveis...é, muito impossíveis mesmo. E ainda assim tento enfrentar. Mas por quê? Burrice? Coragem estúpida?Não, só acho que o fato de correr não é opção, e que já é ganhar um pouco ter tentado. Além do mais, se eu conseguir, posso me orgulhar de mim mesmo, e essa é uma sensação da qual todos gostam, ainda que neguem.
Eu sim gosto de orgulho, mas qualquer coisa em excesso é ruim, e orgulho não é exceção. Por isso às vezes nós falhamos. Para que não tenhamos orgulho sempre. Tanto vemos os resultados daqueles que tem orgulho excessivo de si mesmo. Eu poderia muito bem ter me transformado em um deles, mas hoje sinto orgulho de não tê-lo feito. Mas é pouco orgulho, pois apenas fiz o que achei que deveria fazer... Nada mais, pois de nada adianta complicar... só deixa a história contada mais longa e entediante.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Folhas e Carros

Antes que eu me esqueça de outro dia...estava eu à frente da minha casa,esperando pela carona que logo chegaria...quando passou um outro carro qualquer...e havia algumas folhas secas na rua. Após o carro passar, notei que elas se moveram na mesma direção do carro... como se tentassem imitar o caminho que ele segue. Pelo menos foi a impressão que eu tive, ainda que exista a simples explicação física, não me contento... Insisto em dizer que dá para comparar isso a certas atitudes dos homens... em querer ser igual ao outro... ser a folha do carro que passa, onde os carros são as influências e bases da personalidade da folha.
Eu por mim mesmo até gosto de ser folha, mas um dia ainda vou querer ser um carro pra alguém...
^^